O mundo tem passado por uma veloz transformação cultural. Conseqüência disso é a re-significação do mundo e suas áreas de migração. Quanto mais o mundo se configura economicamente, mais se re-configura geopoliticamente.

No Brasil, os retirantes que antes buscavam oportunidades, econômicas e sociais, nas áreas tradicionais de imigração, como Rio e São Paulo, na atualidade, vislumbram nas cidades de médio porte um pólo de imigração.

Se o mundo é uma “aldeia-global” falar de imigração consiste em falar de migração em âmbito mundial e, assim, em drama social, porque, há drama social onde existem pessoas.

Dessa forma, tratar um problema de escala mundial nas cidades é tratar a cidade como parte de um todo, isto é, o problema de um todo nas partes, uma vez que, tanto em economia como em política existe o chamado efeito “dominó” onde nada ocorre no mundo isoladamente.

Abordar o drama social de um personagem animado que vivencia o “choque” cultural de costumes e valores, implica em abordar os fatores econômicos e sociais do meio em que ele vive. Este filme trata, artisticamente, a imigração pelo viés da imaginação, a arte não só imita a vida, mas oferece resposta, caminhos e possibilidade para lidar com problemas reais. Trata-se da perda de identidade, sobretudo, no que diz respeito à identificação cultural do hoje em dia.